Falar sobre ética jornalística nos meios digitais é uma pauta urgente. Em um ambiente informacional repleto de desinformação, como as redações podem se destacar e superar a desconfiança cada vez maior de leitores com o jornalismo? Até onde um veículo pode ir para conseguir ser sustentável e gerar recursos? Esta mesa reúne acadêmicos e empreendedores para discutir os limites éticos do setor.
Participants
Paula Miraglia
Paula Miraglia é cofundadora, publisher e Diretora Geral do Nexo Jornal e da Gama Revista. Paula é doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), onde também concluiu o mestrado e a graduação em Ciências Sociais. É uma Sulzberger fellow, pela Universidade de Columbia. Foi diretora de organizações internacionais e consultora do Banco Mundial e do Banco Interamericano para o desenvolvimento. Paula faz parte dos conselhos do International Press Institute, do Instituto de Referência Negra Peregum da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos/BPBES.
Fabiana Moraes
Fabiana Moraes é jornalista, escritora, professora e pesquisadora do Núcleo de Design e Comunicação da UFPE (NDC/UFPE). Colunista do The Intercept Brasil. Doutora em sociologia, Fabiana foi repórter especial do Jornal do Commercio, vencedora de três prêmios Esso. Lançou cinco livros, entre eles Os Sertões (Cepe, 2010) e O Nascimento de Joicy (Arquipélago Editorial, 2015). Tem pesquisas acadêmicas voltadas para a questão da análise sobre pobreza e da celebrificação do cotidiano, e estuda a relação entre jornalismo, colonialidade, ativismo e subjetividade.
Natalia Viana
Natalia Viana é cofundadora e diretora executiva da Agência Pública. É autora e coautora de cinco livros: Plantados no Chão (Conrad, 2007), Jornal Movimento, uma Reportagem (Manifesto, 2010) e Habeas Corpus: Que Se Apresente o Corpo (Secretaria de Direitos Humanos, 2010) e o e-book O Bispo e Seus Tubarões, sobre o impeachment de Fernando Lugo no Paraguai (Agência Pública, 2013) e Dano Colateral, sobre o retorno dos militares à política (Objetiva, 2021). Como repórter e editora, venceu diversos prêmios de jornalismo, entre eles o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos (2005/2016/2020/2022), o prêmio Comunique-se (2016/2017), o Prêmio Trofeu Mulher Imprensa (2011/2013), prêmio Gabriel García Márquez (2016) e Ortega y Gasset (2020). Em 2016, foi a jornalista brasileira mais premiada. Em 2019, sua série Efeito Colateral, sobre civis mortos pelo Exército, foi finalista do prêmio Shining Light Award, da Rede Global de Jornalistas Investigativos.
Em 2018, foi reconhecida como empreendedora social da rede Ashoka e passou a integrar o Conselho Reitor da Fundação Gabriel García Márquez.
Natalia foi bolsista da Fundação Nieman, em Harvard, em 2021/2022 foi membro do Conselho assessor do Centro para a Integridade de Mídia da OEA.
Caio Túlio Costa
Caio Túlio Costa é jornalista. Na Folha, foi Secretário de Redação, Correspondente Internacional e Ombudsman. Um dos fundadores do UOL, foi seu diretor-geral. Também presidiu o iG e é sócio do Torabit. Doutor em Comunicação pela USP, foi pesquisador convidado da Universidade Columbia (NY). Foi professor de Ética na Cásper Líbero. Escreveu vários livros, entre os quais Ética, jornalismo e nova mídia: uma moral provisória (Zahar).