Tamoa Yanetsy construiu sua carreira como jornalista na Venezuela, e trabalhou dirigindo uma equipe de investigação durante todo o governo Chávez, acompanhando de perto a polarização do país neste período. Ela e seu companheiro (também jornalista) decidiram deixar a Venezuela em 2015, diante das severas violações à liberdade dos profissionais da imprensa no país. Em
Categoria: Outras edições
Liberdade de opinião, liberdade de visualização
Se o Facebook pudesse concentrar a informação de cada usuário ativo da plataforma, isso daria algo em torno de 126 livros digitais por perfil. Toda esta informação está a serviço dos algoritmos, que estruturam toda a comunicação feita através da internet e redes sociais. Mas apesar da promessa de objetividade técnica, casos recentes do uso
Potencializando a Lei de Acesso à Informação
A Lei de Acesso à Informação tornou-se uma ferramenta extremamente útil no dia a dia de jornalistas em todo o Brasil. Apesar disso, grande parte dos pedidos de informação que são realizados todos os dias não chega a ser totalmente utilizada pelas organizações, diminuindo o potencial da informação produzida pelo governo. Renata Garcia conta que
Não tem mais volta, vamos continuar ocupando
Nós mulheres da periferia é um coletivo de jovens mulheres jornalistas que vivem em bairros da periferia de São Paulo, e que produzem conteúdo jornalístico sobre as mulheres da quebrada, considerando sempre o recorte de gênero, classe social e raça. De maneira totalmente independente e sem financiamento, o coletivo desenvolve projetos que vão do audiovisual
O jornalismo ativista não é uma invenção de hoje
No Festival 3i, Pedro Doria questiona o que se entende por jornalismo ativista hoje. Apesar das críticas de seus colegas às tradicionais noções de objetividade e imparcialidade, para ele, o jornalismo ativista não é uma invenção de hoje, e remonta aos tempos do surgimento da atividade na revolução francesa. Em um contexto de crise e
Para entender o jornalismo, ‘follow the money’
Em outros países, o termo jornalismo independente carrega um sentido diferente do que lhe foi atribuído no Brasil: refere-se ao princípio geral da independência do jornalismo, aplicável inclusive a veículos da grande mídia, como o New York Times e o The Guardian. Mas o que seria então jornalismo não-independente? Na palestra, Pedro Abramovay discute as
Nexo: gestão e editoria de mãos dadas
Criado há dois anos, o Nexo é um jornal 100% digital, que foge do hard news e busca produzir um jornalismo de interesse público, com foco em explicação e contexto. Apostando nas assinaturas em vez da publicidade, seu modelo de negócios se apoia em um processo de gestão em permanente diálogo com a concepção editorial
O bom jornalismo deve ser ‘cool’
Martin Pellecer apresenta o Nómada, startup de jornalismo em atuação na Guatemala, e que associa boas práticas investigativas com um formato ‘cool’ e visualmente interessante. Investindo em pautas provocativas, ferramentas de audiovisual e promoção de eventos como parte de seu modelo de negócios, em três anos o veículo obteve um reach de 3,8 milhões de
Sustentabilidade econômica no jornalismo
Apesar do sucesso que o jornalismo investigativo tem obtido nos meios digitais, encontrar o modelo de negócio ideal é ainda um grande desafio para jornalistas em todo o mundo. Nesse contexto, surgiu a Sembramedia, uma rede que promove o contato entre jornalistas empreendedores a fim de capacitá-los a viabilizar seus projetos economicamente. No Festival 3i,
A guerra da informação na sociedade polarizada
Especialistas passaram a questionar o termo ‘fake news’, após sua utilização por Trump para se referir à CNN. Coordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital, Pablo Ortellado argumenta que o termo apresenta consistência dentro de um contexto maior de polarização da sociedade civil, e do papel crescente das mídias sociais como fonte de
Chegar ao público é sair da zona de conforto
Há seis anos atuando exclusivamente com checagem dos fatos na Argentina, o Chequeado rapidamente se deu conta de que não era suficiente reagir ao que diziam as autoridades: era preciso tomar também uma postura ativa, propor pautas que não estavam sendo tratadas na esfera pública. Desde 2016, o veículo passou a produzir matérias investigativas, e
Colaboração internacional no jornalismo investigativo
Como investigar um esquema de corrupção transnacional do porte da Lava Jato, uma rede de propinas que cobria mais de 12 países da América Latina e África? A resposta encontrada pelo Convoca foi a da colaboração: o veículo peruano de jornalismo investigativo está a frente da Investiga Lavajato, uma rede de mais de 20 jornalistas
A inovação ama a crise
Mariana Santos começou sua vida profissional como designer do The Guardian, e rapidamente descobriu a vocação para o jornalismo. Insatisfeita com a falta de mulheres na área de tecnologia das redações, Mariana criou o Chicas Poderosas, rede de apoio que busca empoderar mulheres através da tecnologia aplicada à informação. No Festival 3i, ela conta sua
Az Mina: um novo tom de voz no jornalismo independente
Para Letícia Bahia, se a história da Az Mina coubesse num tweet, seria algo como “umas mina que um dia falaram: vamo fazer uma revista? vamo”. A revista digital e gratuita produz um jornalismo voltado para questões de gênero, e busca o engajamento do público através de três pilares: financiamento via crowdfundings, identidade visual ousada
Amazônia Real
Criada em meio às manifestações de junho de 2013 pelas jornalistas Katia Brasil e Elaíze Farias, a Amazônia Real é um veículo independente que, ao contrário das pautas com as quais a mídia tradicional costuma retratar a região, busca dar voz às suas populações mais invisibilizadas, como quilombolas e indígenas. Promovendo debates em torno das
Google News Lab
Marco Túlio Pires apresenta a iniciativa do Google News Lab, que através do encontro entre imprensa e tecnologia busca auxiliar profissionais da mídia a enfrentarem os desafios do jornalismo atual – fake news, atenção do usuário, desertos de notícias e modelos de negócios. Por meio de projetos como o Credibilidade, o Cross Check e o
JOTA: jornalismo na nuvem
Espalhados em seis cantos do mundo, o JOTA é um veículo independente que acontece totalmente na nuvem, explorando a tecnologia e a organização em rede como forma de qualificar sua atuação. Mesmo nas duas pequenas redações em São Paulo e Brasília, as decisões são tomadas na rede, e os jornalistas têm a liberdade de trabalhar
Agência de Narrativas das Periferias
Rodrigo Azevedo é coordenador do Observatório de Favelas, e apresentou ao Festival 3i o projeto da Agência Narrativas das Periferias, que deve estar entrando em ação ainda em 2018. Envolvendo formação e prática, a proposta consiste em criar um espaço de desenvolvimento e produção de narrativas de informação, uma redação com dez jovens de periferias
Jornalismo de impacto é feito pela quebrada
No dia 13 de janeiro de 2017, Wilson Alberto Rosa – homem negro e pobre e da periferia de São Paulo – foi preso pela polícia injustamente, acusado de ter roubado um tablet. O Inquérito Policial afirmava que a vítima teria recebido a foto de Wilson de seu marido, o policial que efetuou a prisão,
Uma viagem de todos pela violência na América Latina
Apesar de conter 8% da população mundial, a América Latina concentra um terço dos homicídios no mundo. José Luis Pardo Vieiras comenta o projeto En Malos Pasos, uma viagem pelos sete países mais violentos do continente latino-americano – Brasil, Venezuela, Colômbia, Honduras, El Salvador, Guatemala e México – que busca responder porque matamos mais. O