Em sua terceira edição, o Festival 3i se inicia, nesta terça-feira (15), com uma programação inspiradora e uma lista de profissionais renomados das cinco regiões do Brasil e de alguns países do mundo. Serão 10 dias divididos em cinco trilhas temáticas que vão nortear as mesas, diálogos e painéis.
As duas semanas do Festival serão marcadas pela pluralidade dos espaços propostos. Como uma pauta urgente e necessária ao jornalismo e à sociedade, Diversidade é um dos temas das cinco trilhas, e conta com seis sessões na grade. As outras temáticas são: Democracia, Distribuição, Empreendedorismo e Meio Ambiente.
Dentre os 120 palestrantes e debatedores, mais de 60% do evento é composto por mulheres, número que também representa o perfil atual do jornalismo no Brasil, de acordo com a Pesquisa “Perfil dos Jornalistas Brasileiros”, do Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro/UFSC) e da Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade Profissional dos Jornalistas (RETIJ/SBPJor), divulgada em 2021.
Além disso, com foco na descentralização dos discursos para além do eixo Rio – Brasília – SP, a Ajor (Associação de Jornalismo Digital) também buscou a representatividade geográfica, a fim de enriquecer os debates na visão de grandes profissionais e iniciativas de mídias independentes de todo o país. Metade dos jornalistas, comunicadores, palestrantes e empreendedores do evento são de fora da região Sudeste.
A entidade também tem consciência da relevância de investir e engajar cada vez mais o debate sobre a inclusão de comunicadores e jornalistas de diversos grupos raciais nas redações e nos espaços de formação e de discussão, como é o caso do Festival 3i. O nosso levantamento apontou a presença de pelo menos 42% de pessoas negras, indígenas e amarelas entre os convidados. Para isso, foi considerada a autodeclaração pública dos participantes. No momento, estamos elaborando pesquisa interna para ter um mapa oficial de diversidade do evento, incluindo gênero e sexualidade.
“Sabemos que a representatividade não pode ser uma palavra vazia e o antirracismo e o anticapacitismo, assim como o combate a LGBTfobia, devem estar presentes no dia a dia das organizações jornalísticas. O esforço para realizar um Festival cada vez mais diverso e consciente fez parte cotidiana dessa construção nos últimos meses e esperamos que seja uma inspiração para o presente e o futuro do jornalismo, também”, ressalta Maia Fortes, secretária executiva da Ajor.