Festival 3i reúne estudantes e profissionais para celebrar o jornalismo digital no Nordeste

Primeira mesa do Festival 3i Nordeste recebeu representantes de veículos de jornalismo local do Ceará e de Salvador para discutir novas maneiras de falar sobre e para o Nordeste. Foto: Micaela Menezes (@micaelamesant)

Evento de debates sobre inovação e empreendedorismo digital aconteceu pela primeira vez em Fortaleza, Ceará

Aconteceu nesta sexta, 1º de dezembro, a 5ª edição regional do Festival 3i de jornalismo. Pela primeira vez no Ceará, o evento foi realizado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor) com o apoio da Fundação Ford, da Fundação Heinrich Böll e do curso de jornalismo da Unifor (Universidade de Fortaleza). 

É a segunda edição regional desde que a Ajor assumiu a organização do evento. Em 2022, o Festival 3i Nordeste aconteceu no Recife, Pernambuco, reunindo mais de 150 estudantes, empreendedores, pesquisadores e filantropias. Já o 3i Nacional ocorreu em maio de 2023, no Rio de Janeiro. 

Assim como nos outros Festivais, o 3i Fortaleza contou com uma programação dividida em mesas, oficinas e cases. Entre os convidados estavam representantes de organizações associadas à Ajor de diferentes regiões, além de jornalistas, empreendedores e pesquisadores que atuam no Norte e Nordeste. 

Público

Ao todo, quase 100 pessoas, entre estudantes, profissionais e acadêmicos marcaram presença no encontro, realizado na Universidade de Fortaleza. Mais de 90% do público participou de um Festival 3i pela primeira vez.

Estudantes (68%) e mulheres cisgênero (63%) foram maioria no 3i (63%). Cerca de 40% dos participantes se autodeclaram pretos ou pardos.

Para garantir um 3i mais acessível e diverso, a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) distribuiu 8 bolsas para que estudantes e comunicadores populares dos estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará pudessem participar do evento.

Primeira mesa do Festival 3i Nordeste recebeu representantes de veículos de jornalismo local do Ceará e de Salvador para discutir novas maneiras de falar sobre e para o Nordeste. Foto: Micaela Menezes (@micaelamesant)
Primeira mesa do Festival 3i Nordeste recebeu representantes de veículos de jornalismo local do Ceará e de Salvador para discutir novas maneiras de falar sobre e para o Nordeste. Foto: Micaela Menezes (@micaelamesant)

Programação

Pela manhã, os participantes participaram de duas mesas de debate. A primeira delas recebeu Larissa Carvalho (Site Negrê), Jefferson Borges (NordestEuSou) e Gabrielle Guido (Entre Becos) para uma discussão sobre como expandir a cobertura jornalística do e sobre o Nordeste. A moderação foi de Maristela Crispim (Eco Nordeste e Conselheira da Ajor).

A importância de contar histórias de territórios e comunidades que estão fora do radar da mídia tradicional e a urgência pela captação de recursos que apoie projetos do Nordeste foram pauta da discussão.

Jefferson Borges, fundador do NordestEuSou, falou sobre a importância que os veículos periféricos têm na vida das pessoas das comunidades nas quais atuam como fonte de informação, mas também de capacitação e trabalho: “Não adianta mostramos o outro lado da história na tela mas não mudarmos os bastidores, a vida dos jovens da nossa comunidade”. 

O segundo encontro do 3i Nordeste debateu a importância da criação de redes de colaboração para o jornalismo digital com Nayara Felizardo (Cajueira), Géssica Amorim (Coletivo Acauâ) e Ana Paula (Amazônia Vox). 

A moderação foi de Carol Monteiro (Marco Zero), que abriu o encontro lembrando que o trabalho em rede nem sempre é o mais fácil, mas é sempre o que traz resultados mais ricos e diversos.

A presidente da Ajor também deu uma dica aos jovens jornalistas que querem formar parcerias para tirar um projeto do papel: “As organizações e redes se formam em torno de projetos, não ideias. Projetos têm objetivos, metas, planos e orçamento definidos. É importante definir modelos de negócios. Quem é o público, quem vai pagar a conta? É importante profissionalizar as organizações”. 

Já pela tarde o evento foi dividido em quatro oficinas práticas que abordaram temas de empreendedorismo, carreira, estratégia de audiência e novos formatos. O 3i foi encerrado com uma sessão de apresentações de casos de sucesso, formato no qual os convidados apresentam em 10 minutos um projeto, produto ou pesquisa  que tenha tido impacto positivo em suas organizações ou comunidades.

Assista aos vídeos do evento:

Mesas:

Cases:

Foca no 3i 

A cobertura do evento foi realizada com o apoio de estudantes de jornalismo da Unifor. Lançado em 2022 para a edição nacional do Festival, o programa #FocaNo3i convida jovens jornalistas a apoiarem na memória e divulgação do evento por meio de textos e conteúdos para as redes sociais. 

Os textos com o resumo de cada encontro, escritos pelos alunos e com edição de docentes da Universidade, serão disponibilizados no site da Ajor e do Festival 3i ao longo das próximas semanas.

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