Mesa

O jornalismo que surge no caos

“Quando eu vejo jornalistas se envolvendo profundamente com alguma coisa, sem nenhuma perspectiva de renda e de carreira, isso é fascinante, isso é jornalismo, esse é o caminho. Nunca houve uma época boa para ser jornalista, talvez agora seja a pior, as montanhas estão desabando, mas ao mesmo tempo coisas novas estão nascendo”. Essa é uma fala de Jon Lee Anderson em 2016. O primeiro Festival 3i nasceu em 2017. E como chegamos a 2022? O que o jornalismo tem se tornado e o que existe além dele? A mesa abre os trabalhos com essa reflexão que permeará os dez dias de festival. 

Convidados

Natalia Viana

Cofundadora e diretora executiva da Agência Pública

Natalia Viana é cofundadora e diretora executiva da Agência Pública. É autora e coautora de cinco livros: Plantados no Chão (Conrad, 2007), Jornal Movimento, uma Reportagem (Manifesto, 2010) e Habeas Corpus: Que Se Apresente o Corpo (Secretaria de Direitos Humanos, 2010) e o e-book O Bispo e Seus Tubarões, sobre o impeachment de Fernando Lugo no Paraguai (Agência Pública, 2013) e Dano Colateral, sobre o retorno dos militares à política (Objetiva, 2021). Como repórter e editora, venceu diversos prêmios de jornalismo, entre eles o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos (2005/2016/2020/2022), o prêmio Comunique-se (2016/2017), o Prêmio Trofeu Mulher Imprensa (2011/2013), prêmio Gabriel García Márquez (2016) e Ortega y Gasset (2020). Em 2016, foi a jornalista brasileira mais premiada. Em 2019, sua série Efeito Colateral, sobre civis mortos pelo Exército, foi finalista do prêmio Shining Light Award, da Rede Global de Jornalistas Investigativos.

Em 2018, foi reconhecida como empreendedora social da rede Ashoka e passou a integrar o Conselho Reitor da Fundação Gabriel García Márquez.

Natalia foi bolsista da Fundação Nieman, em Harvard, em 2021/2022 foi membro do Conselho assessor do Centro para a Integridade de Mídia da OEA.

Jon Lee Anderson

Jon Lee Anderson é redator da revista New Yorker. Como jornalista, ela relatou em muitas zonas de guerra, incluindo Afeganistão, Iraque, Líbano, Síria, Somália, Sudão, Líbia, Libéria, Angola, Birmânia, Sri Lanka, El Salvador, Guatemala e Nicarágua. Ele também escreveu perfis de figuras como Fidel Castro, Hugo Chávez e Augusto Pinochet. Seus livros incluem: “Che Guevara: Uma Vida Revolucionária”, “A Queda de Bagdá” e “Guerrilhas: Crônicas do Mundo Insurgente”. Anderson começou sua carreira jornalística no Peru em 1979.

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