Nova temporada do podcast Como Cobrir, da Ajor, traz dicas para a cobertura de ciência

Em sete episódios, série mostra como jornalistas e comunicadores podem incluir evidências científicas em suas investigações, independentemente da temática

Já está no ar a segunda temporada do “Como Cobrir”, podcast da Associação de Jornalismo Digital (Ajor) que traz dicas para uma melhor cobertura jornalística de temas essenciais para a sociedade. A nova edição é inteiramente focada em ciência e nas suas mais diversas representações no cotidiano dos brasileiros, como a saúde, a alimentação e o meio ambiente. A iniciativa conta com o apoio do Instituto Serrapilheira, além da parceria com a Agência Bori e a Escuta Aqui Áudio na produção. 

Com o objetivo de municiar jornalistas e comunicadores com ferramentas para investigações de maior precisão e impacto social, o Como Cobrir quer mostrar a importância de inserir a ciência e a metodologia científica no debate público, independente do tema da cobertura. Além disso, os conteúdos vão abarcar perspectivas que, segundo a comunidade científica, ainda não têm a visibilidade midiática necessária. O debate sobre as consequências da pandemia de Covid-19 e o atraso das mais diversas políticas públicas também ganham espaço, com um recorte que investiga o potencial desse tipo de pauta para o pleito eleitoral deste ano. 

De acordo com Géssika Costa, coordenadora de projetos da Ajor e uma das apresentadoras do podcast, esta temporada quer mostrar que a ciência não está apenas associada à biologia e/ou à saúde: “A ciência pode e deve ocupar as diversas editorias do jornalismo. O rigor científico, que preza pela riqueza de dados e pela busca por fontes e pesquisas consolidadas, deve se refletir no dia a dia de trabalho de todo jornalista, independente de seu foco de cobertura”. 

A temporada está dividida em sete episódios: Alimentação, Novas (e velhas) epidemias, Educação, Amazônia, Mudanças climáticas, Vacinas e Oceanos. Todos eles já estão disponíveis nos melhores agregadores, como Spotify, Apple, Deezer, Amazon Music, Castbox, Google e Orelo.

Para a escolha dos temas, a Ajor contou com o apoio de Ana Morales e Nathália Flores, da Agência Bori, responsáveis também pela supervisão e revisão do conteúdo.  A jornalista Luciana Oncken, especializada em coberturas na área da saúde e diretora da Banca de Conteúdo, produziu os briefings que ajudaram Rodrigo Alves, da produtora Escuta Aqui Áudio, na escrita dos roteiros. A edição e sonorização de cada conteúdo também ficaram a cargo do jornalista. A trilha sonora original dos programas é de Gabriel Falcão.

Assim como na primeira temporada, além das dicas em áudios com média de cinco minutos, o podcast tem, em cada episódio, links com materiais de referência, estudos, guias, manuais e bancos de fontes com contatos de especialistas sobre o assunto. E, para garantir a acessibilidade, todo o conteúdo foi transcrito e disponibilizado na descrição de cada episódio, nas plataformas de áudio e também no site da Ajor.

“Investir no jornalismo científico é fundamental para aumentar a qualidade do debate público sobre ciência e combater a desinformação. Fazer com que a sociedade compreenda a importância da atividade científica passa por garantir uma cobertura de ciência ampla e acurada pela mídia. Acreditamos que projetos como o ‘Como Cobrir: Ciência’ são formas de profissionalizar o jornalismo de ciência e elevar o nível da cobertura desta pauta”, afirmou Natasha Felizi, diretora do Programa de Divulgação Científica do Instituto Serrapilheira. 

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Um produto do Festival 3i 2022

A primeira temporada do Como Cobrir foi lançada durante o Festival 3i 2022, com a proposta de trazer dicas e orientações sobre como cobrir de maneira assertiva um tema e o que deve ser evitado para não reproduzir desinformação ou estigmatizar grupos sociais historicamente vulnerabilizados ou silenciados. Os audioguias foram elaborados com base em publicações e manuais produzidos por organizações, institutos e iniciativas de mídia, além de dicas de profissionais da imprensa brasileira, considerados referência em determinado tipo de cobertura.

O conteúdo da primeira temporada foi alinhado aos cinco eixos temáticos do 3i que nortearam os dez dias do evento: Democracia, Diversidade, Distribuição, Empreendedorismo e Meio Ambiente. A série foi dividida em 15 episódios, que podem ser acessados em qualquer agregador de podcasts: Aborto, Biodiversidade, Ciência, Indígenas, Eleições, Judiciário, LGBTQIA+, Morte e Luto, Mudanças Climáticas, Periferias, Pessoas com Deficiência, Raça, Refugiados, Trabalho Escravo e Violência contra Mulher. 

Sobre a Ajor

Com a missão de fortalecer o jornalismo digital, a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) foi lançada em 2021 e conta hoje com mais de 90 organizações de mídia associadas. A entidade tem três eixos de atuação: profissionalização e fortalecimento das associadas, defesa do jornalismo e da democracia e diversidade. 

Sobre a Bori

Agência Bori tem a missão de promover uma mudança na cultura científica do país, aproximando a ciência da população por meio do jornalismo, divulgando pesquisas inéditas e explicadas a jornalistas cadastrados, contatos de cientistas de todo o país preparados para atender a imprensa e treinamentos e cursos para jornalistas em áreas específicas de cobertura.  

Sobre o Escuta Aqui

Especializada em podcasts narrativos e documentais, a Escuta Aqui Áudio publica o Rio Memórias, que integra um movimento de resgate e valorização da história e da cultura do Rio de Janeiro.

Sobre o Instituto Serrapilheira

O Instituto Serrapilheira, primeira instituição privada, sem fins lucrativos, de fomento à ciência no Brasil, foi criado para valorizar o conhecimento científico e aumentar sua visibilidade. No intuito de fomentar uma cultura de ciência no país, atuamos em duas frentes: Ciência e Divulgação Científica.

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