Apesar do sucesso que o jornalismo investigativo tem obtido nos meios digitais, encontrar o modelo de negócio ideal é ainda um grande desafio para jornalistas em todo o mundo. Nesse contexto, surgiu a Sembramedia, uma rede que promove o contato entre jornalistas empreendedores a fim de capacitá-los a viabilizar seus projetos economicamente. No Festival 3i,
A guerra da informação na sociedade polarizada
Especialistas passaram a questionar o termo ‘fake news’, após sua utilização por Trump para se referir à CNN. Coordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital, Pablo Ortellado argumenta que o termo apresenta consistência dentro de um contexto maior de polarização da sociedade civil, e do papel crescente das mídias sociais como fonte de
Chegar ao público é sair da zona de conforto
Há seis anos atuando exclusivamente com checagem dos fatos na Argentina, o Chequeado rapidamente se deu conta de que não era suficiente reagir ao que diziam as autoridades: era preciso tomar também uma postura ativa, propor pautas que não estavam sendo tratadas na esfera pública. Desde 2016, o veículo passou a produzir matérias investigativas, e
Colaboração internacional no jornalismo investigativo
Como investigar um esquema de corrupção transnacional do porte da Lava Jato, uma rede de propinas que cobria mais de 12 países da América Latina e África? A resposta encontrada pelo Convoca foi a da colaboração: o veículo peruano de jornalismo investigativo está a frente da Investiga Lavajato, uma rede de mais de 20 jornalistas
A inovação ama a crise
Mariana Santos começou sua vida profissional como designer do The Guardian, e rapidamente descobriu a vocação para o jornalismo. Insatisfeita com a falta de mulheres na área de tecnologia das redações, Mariana criou o Chicas Poderosas, rede de apoio que busca empoderar mulheres através da tecnologia aplicada à informação. No Festival 3i, ela conta sua
Az Mina: um novo tom de voz no jornalismo independente
Para Letícia Bahia, se a história da Az Mina coubesse num tweet, seria algo como “umas mina que um dia falaram: vamo fazer uma revista? vamo”. A revista digital e gratuita produz um jornalismo voltado para questões de gênero, e busca o engajamento do público através de três pilares: financiamento via crowdfundings, identidade visual ousada
Amazônia Real
Criada em meio às manifestações de junho de 2013 pelas jornalistas Katia Brasil e Elaíze Farias, a Amazônia Real é um veículo independente que, ao contrário das pautas com as quais a mídia tradicional costuma retratar a região, busca dar voz às suas populações mais invisibilizadas, como quilombolas e indígenas. Promovendo debates em torno das
Google News Lab
Marco Túlio Pires apresenta a iniciativa do Google News Lab, que através do encontro entre imprensa e tecnologia busca auxiliar profissionais da mídia a enfrentarem os desafios do jornalismo atual – fake news, atenção do usuário, desertos de notícias e modelos de negócios. Por meio de projetos como o Credibilidade, o Cross Check e o
JOTA: jornalismo na nuvem
Espalhados em seis cantos do mundo, o JOTA é um veículo independente que acontece totalmente na nuvem, explorando a tecnologia e a organização em rede como forma de qualificar sua atuação. Mesmo nas duas pequenas redações em São Paulo e Brasília, as decisões são tomadas na rede, e os jornalistas têm a liberdade de trabalhar
Agência de Narrativas das Periferias
Rodrigo Azevedo é coordenador do Observatório de Favelas, e apresentou ao Festival 3i o projeto da Agência Narrativas das Periferias, que deve estar entrando em ação ainda em 2018. Envolvendo formação e prática, a proposta consiste em criar um espaço de desenvolvimento e produção de narrativas de informação, uma redação com dez jovens de periferias
Jornalismo de impacto é feito pela quebrada
No dia 13 de janeiro de 2017, Wilson Alberto Rosa – homem negro e pobre e da periferia de São Paulo – foi preso pela polícia injustamente, acusado de ter roubado um tablet. O Inquérito Policial afirmava que a vítima teria recebido a foto de Wilson de seu marido, o policial que efetuou a prisão,
Uma viagem de todos pela violência na América Latina
Apesar de conter 8% da população mundial, a América Latina concentra um terço dos homicídios no mundo. José Luis Pardo Vieiras comenta o projeto En Malos Pasos, uma viagem pelos sete países mais violentos do continente latino-americano – Brasil, Venezuela, Colômbia, Honduras, El Salvador, Guatemala e México – que busca responder porque matamos mais. O
Reinventando o rádio: jornalismo em podcast
Ivan Mizanzuk é designer, mas foi parar no jornalismo através dos podcasts. Apesar de ser o ‘patinho feio das mídias’, para Ivan, o podcast apresenta um enorme potencial para contar histórias, resgatando do rádio o poder do áudio. Apresentando diversos exemplos, como o dos seus próprios Anticast e Humanos (http://anticast.com.br/), Ivan demonstra como este novo
Jornalismo de dados aplicado à política
Guilherme Martins é jornalista especializado em assessoria e consultoria parlamentar, e desde o ano passado vem se dedicando a estudar como a linguagem de programação pode dar mais transparência para as matérias jornalísticas. A Marco Zero Info é um projeto de jornalismo de dados aplicado à política, que não busca ser um veículo em si,
Greg News
Gregorio Duvivier apresenta ao Festival 3i um episódio do seu programa de humor político, o Greg News, que busca através do humor aproximar a política do cotidiano, tratando-a como algo corriqueiro.
Data Labe: um laboratório de dados na favela
O Data Labe é um laboratório de narrativas guiadas por dados, que busca reconstruir o imaginário da cidade e dos habitantes que moram nela a partir das favelas e periferias cariocas. Em atuação na Maré, o Data Labe trabalha em três frentes: produção de conteúdo, geração cidadã de dados e formação. Tendo como fundamento a
Tiempo Argentino: jornalismo cooperativo e autogerido
Federico Amigo apresenta ao Festival 3i o caso do jornal Tiempo Argentino, que em 2016 abandonou o modelo de empresa da mídia tradicional para se tornar uma cooperativa de jornalistas, encontrando na autogestão o caminho da independência. Com a saída de Kirchner do poder e o consequente esvaziamento do Grupo 23, o veículo deixou de
Jornalismo investigativo: vocação para denunciar
Elizabeth Salazar discute dois exemplos de atuação do veículo investigativo peruano Ojo público: um documentário web sobre as rotas ilegais do ouro na região amazônica; e uma matéria sobre as relações de Joaquin Ramirez – principal financiador da campanha de Keiko Fujimori (filha do ditador Alberto Fujimori) à presidência – com o tráfico de drogas
¡Ojo! Base de dados no jornalismo digital
Elizabeth Salazar é jornalista do Ojo público, veículo digital investigativo e laboratório de inovação que atua há três anos no Peru. Apesar de seu rápido crescimento, segundo Elizabeth, a transição para o modelo digital de fazer jornalismo não foi fácil. Apresentando a base de dados Fundos de Papel, dedicada a destrinchar os caminhos do dinheiro
Mídia Ninja: jornalismo pós industrial em rede
A Mídia Ninja surgiu em 2012 e explodiu durante as manifestações de junho de 2013. Em função das críticas ao governo Dilma durante os protestos, foi recebida pela grande mídia como o ‘novo jornalismo’, num primeiro momento, para em seguida ser taxada de não-jornalismo, a medida em que suas orientações progressistas e pró direitos humanos